Anexo com textos jornalísticos elaborados no período de estágio na Comissão Pastoral da Terra (CPT) - Juazeiro (BA).

Link para matérias jornalísticas produzidas durante estágio na Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Juazeiro - BA (PMJ).

"(...) Para difundir o que nós fazemos e o que nós somos: negros, de axé."

Este trabalho descreve o processo de elaboração de Ribeirinhas Quilombolas: rio, terra e resistência. A reportagem multimídia constrói narrativas acerca da trajetória de luta de mulheres que pertencem às comunidades quilombolas, Rodeador e Alagadiço, ambas localizadas em Juazeiro (BA). Guardiãs de memórias do seu povo, elas assumem papéis de liderança nas suas comunidades.

Desde os tempos mais remotos, o homem necessita contar ao outro o que lhe sucedeu, procurando entender a realidade. Daí, surgem narrativas e narradores como o repórter que busca conhecer, entrevistar e narrar fatos ocorridos, cujos personagens são as pessoas comuns que nos contam suas histórias, alegrias e lutas vividas no cotidiano. São essas histórias de personagens reais que apresentamos no blog Entre Relatos, produzidos pelos alunos da disciplina Redação Jornalística II, do curso de Jornalismo em Multimeios da Universidade do Estado da Bahia, Juazeiro, Bahia. Neste blog, reportagens, perfis e entrevistas estão disponíveis para o leitor. Curta e compartilhe os Entre Relatos que trazem o trabalho de apuração jornalística de jovens repórteres nos caminhos da reportagem.

Durante este período, vivenciou sucessivas transferências de empresas – cinco, até onde consegue lembrar. Com a voz e o olhar de quem rememora um período nebuloso, relata ironicamente que a empresa do primeiro ciclo de contratações lhe deu muito “trabalho”. O salário, assim como a ajuda de custo para o transporte, atrasou quase um semestre. “Até hoje a gente ainda ‘tá’ com essa empresa na justiça, sem receber”. Faz dez anos. Mesmo diante dessa situação de total insegurança, sentia-se coagida por

Território de identidade e resistência do povo negro, o bairro do Quidé tem mais de dez terreiros de candomblé e uma força cultural que transborda. Grupos de teatro, escola de samba e terreiros já foram referência para a cidade de Juazeiro.

Na década de 1960, o Teatro de Resistência expressava uma arte que denunciava a repressão contra a luta armada, o papel da censura, da tortura, o arrocho salarial, o Milagre Econômico, a ascensão dos executivos e a supressão da liberdade. Inspirados nas ideias de dramaturgos como Augusto Boal, Plínio Marcos e Gianfrancesco Guarniere, artistas petrolinenses trazem de volta essas discussões através de um teatro que afirma a importância da memória e atenta para os impactos da ditadura militar 50 anos depois.

Ovídea Isabel de Sena é uma matriarca que traz a força de seus ancestrais e tem muita fé. Ela também é guardiã de uma memória negra que resiste na comunidade do Rodeador e luta pelo processo de certificação do território remanescente de quilombo. O nome, Rodeador, se deu em razão das voltas que os navegantes davam à ilha antes de chegar à Juazeiro.